Reflexões acerca da influência das redes sociais e avanço tecnológico no quotidiano social
Por Amanda Sabrini
Atualmente muito tem sido discutido sobre o avanço tecnológico e as mídias/redes sociais,
isso se deve ao aumento significativo do uso de tais recursos, principalmente entre os
adolescentes, estudos mostram que mais de 80% deles utilizam a internet todos os dias, aí vale a reflexão de até onde isso é saudável ou patológico.
Levando em conta minha vivência profissional e estudos atuais, é possível perceber que o
mundo virtual pode afetar de maneira negativa a saúde psíquica dos indivíduos,
principalmente de crianças e adolescentes. Redes sociais onde a maioria das pessoas buscam demonstrar alegria, satisfação e beleza, acabam abrindo portas à comparações, resultando na maioria das vezes em insatisfação consigo mesmo e com sua realidade.
Sendo que por vezes ocorre, a substituição dos relacionamentos presenciais por virtuais, gerando dificuldades significativas na socialização. Claro que não pode haver generalizações, onde devemos também refletir sobre pontos positivos desse considerável avanço tecnológico, onde facilitou o acesso a informações e conteúdos, não devendo ser negado tal fato, ao ponto de não nos permitirmos utiliza-lo.
Mas o questionamento que surge é “O que faço com meu filho (a) que não sai do celular?”
Algumas reflexões acerca de tal indagação:
- Qual o exemplo que você dá a ele?
Muito se vê de pais que são excessivamente apegados as mídias sociais e acabam cobrando do filho algo que precisaria refletir em si mesmo, resultando conflitos.
- Seu filho recebe a atenção devida? Por vezes tende-se na correria do dia a dia não prestarmos atenção nos membros da casa, façam refeições em família (sem uso de tv ou aparelho celular), tirem um momento para conversar sobre o dia que se passou, tais atitudes simples podem propiciar um clima de acolhimento familiar.
Quando o “problema” já esta instaurado, não esqueça que você enquanto responsável tem
dever legal em cuidar daquele menor, portanto tem autoridade e deve conferir e acompanhar o que seu filho acessa, e por vezes, se necessário, confiscar o equipamento (ex: celular, computador, tablet) se constate o uso indevido para a idade do mesmo.
Para concluir devemos sempre nos policiar sobre nossa postura diante da evolução
tecnológica, prestar atenção nas pessoas que estão ao nosso lado, seja família ou mesmo
alguém que encontrou pelo caminho do trabalho, tanto progresso será inútil se perdermos o contato físico, olho no olho, o abraço ou mesmo um “bom dia”, esses jamais estarão
desatualizados e nunca ficarão “antiquados”!
Amanda Sabrini Müller Lopes CRP 08/20375 Psicóloga formada desde 2013 pela Faculdade Assis Gurgacz, especialista em psicologia fenomenológico existencial pela Universidade Paranaense, possui diversos cursos na área psicológica, já atuou como docente, palestrante, trabalhou com psicologia educacional, atualmente atua em APAE e a como psicóloga clínica a mais de cinco anos.